Um jacaré que chegou de mansinho para espiar as lentes de uma câmera assustou o fotógrafo e roubou a cena do ensaio feito no último dia 2 de março, no Pantanal sul-mato-grossense. Maurício Copetti registrava um animal e não percebeu a aproximação do outro. O flagrante, claro, chamou atenção nas redes sociais.
Copetti realizava a sessão de fotos na região do Delta do Salobra, em Miranda. “Ele estava filmando um jacaré na frente dele e não percebeu outro se aproximando pelas costas! O jacaré chegou muito perto dele e parou, ele só percebeu quando sentiu a respiração do jacaré”, lembra o empresário Marcelo Trindade, de 42 anos, que acompanhava Copetti.
Pelas imagens, é possível perceber a concentração de Copetti enquanto segura o estabilizador da câmera para capturar cenas do Pantanal. Sem ele perceber, um jacaré se aproxima sorrateiramente, deslizando pela água.
“Fiquei preocupado, mas como o cara é profissional de fotos selvagens, pensei que talvez fosse o que ele queria, ver o jacaré bem perto, fazer uns vídeos de fotos diferentes. Então eu não avisei, mas fiquei curioso e assustado com medo do jacaré atacar ele”, conta Trindade, que flagrou o momento exato do susto de Copetti.
O fotógrafo sente a respiração do réptil próximo a ele e reage rapidamente, usando o estabilizador de sua câmera para afastar o animal e garantir sua própria segurança. “Foi um reflexo de defesa, e claro, eu sabia que estava por ali, mas não tão perto… eu estava ajustando a câmera e o jacaré chegou de mansinho muito perto”, diz o profissional.
Após o encontro inesperado, Copetti achou melhor sair da água. “Como não aconteceu nada, ele deu risada e vimos que ficou muito bacana o vídeo”, completou Trindade.
Quem vê de fora pode até pensar que depois do susto, o fotógrafo pode querer uma certa distância dos jacarés, mas, a verdade é que ele gosta de fazer imagens dos animais bem de perto.
“É claro que precisamos estar atentos, são selvagens. Mas eu estava ali para filmá-los de perto, então só dei um chega para lá porque ele estava se aproximando muito e é preciso estabelecer um limite para uma certa previsibilidade de comportamentos. Eu não confio nunca totalmente, são répteis, selvagens. Estou acostumado a estar atento, isso sim. O melhor mesmo é estar em dois dentro da água, cuidando e alertando movimentos e respeitando o que eles aceitam e toleram”, disse.