O primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), participou, nesta quarta-feira (5), de uma reunião do Comitê Empresa-Escola (Cempe), realizada na Casa da Indústria, sede da FIEMS (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul). O encontro reuniu representantes do setor produtivo industrial, instituições de ensino e entidades públicas para discutir melhorias no ensino e atendimento às demandas do mercado de trabalho.
Na avaliação de Paulo Corrêa, a educação profissionalizante é crucial para atender à crescente demanda por mão de obra qualificada num estado em pleno desenvolvimento como Mato Grosso do Sul.
“Quando falamos em qualificação profissional, falamos em melhores oportunidades no mercado de trabalho, salários mais altos e maior qualidade de vida. A qualificação prepara os profissionais para se adaptarem às mudanças tecnológicas e promove o crescimento econômico sustentável do Estado”, pontuou.
O presidente da FIEMS, Sérgio Longen, defendeu uma solução conjunta entre o setor público e a iniciativa privada para promover melhores resultados na educação sul-mato-grossense.
“As empresas enfrentam desafios na contratação de mão de obra, enquanto muitas pessoas permanecem fora do mercado de trabalho, resultando em uma estagnação, tanto na educação quanto no emprego. Precisamos aprimorar essa situação. Este comitê tem o potencial de estabelecer um novo paradigma, visando investir nos alunos e nos profissionais já inseridos no mercado de trabalho”, disse Longen.
Para o secretário de Estado de Educação, Hélio Daher, iniciativas que debatam novos modelos de ensino, envolvendo a sociedade e o setor industrial, são salutares para o futuro da educação. “É sempre muito importante quando vemos que a pauta da educação se torna prioritária para o setor industrial. A sociedade em geral precisa começar a olhar a importância da formação na educação, para que possamos entregar estudantes bem formados”, afirmou Daher.
O mantenedor da Faculdade Insted, o ex-senador Pedro Chaves, falou sobre o descompasso entre o currículo escolar e a demanda do mercado. “Hoje a escola ensina algo que não é aproveitado nas empresas, por isso ela não gera empregabilidade. É necessário que a gente mude totalmente o modelo para motivar cada vez mais o aluno. Esse comitê veio no momento certo, reunindo empresas e escolas”, destacou.
Ao defender a importância de repensar o modelo educacional voltado para o trabalho, o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Marcelo Turine, chamou a atenção para a mudança de paradigma nas relações sociais dos dias atuais. “As crianças e adolescentes nas escolas hoje estão com outros sonhos e perspectivas, e muitas vezes nossos modelos escolares são tradicionais. Temos que cada vez mais acolher esses jovens com novas metodologias inovadoras, que conectam a formação teórica com a prática”, frisou Turine.