Suspeito de 29 anos, acusado de matar a sogra Carmita Gonçalves Garcia, de 64 anos, na noite de sexta-feira, 26, em Cassilândia foi preso após se contradizer em depoimentos prestados à polícia. Ele não teve a identidade divulgada.
A vítima deu entrada no Pronto Socorro de Cassilândia com várias lesões na cabeça, que teriam sido causadas por objeto cortante. À polícia, o suspeito disse que foi até a casa ao lado da residência da vítima, que seria uma costureira, solicitar orçamento para consertar roupas.
Ele disse ainda que bateu palma e gritou pela vítima, que não atendeu. Então, resolveu entrar na casa, e encontrou a vítima cheia de sangue caída ao chão. O suspeito conta que saiu correndo e gritou pela vizinhança.
Na delegacia o suspeito foi questionado por qual motivo ele teria ido até a residência da vítima naquele momento. Ele respondeu que foi "coincidência” e que iria agradecer por um fogão que teria ganhado da ex-sogra.
O suspeito e a filha da vítima namoraram por três anos e estavam separados há 20 dias. Ao ser questionado sobre a convivência com a vítima, ele disse que era normal, que nunca discutiram e que tinham boa convivência. Segundo ele, o relacionamento havia terminado por motivo de ciúmes.
No hospital, a filha da vítima relatou à polícia que havia terminado o relacionamento porque a mãe não gostava que ela namorasse o rapaz, que por sua vez não gostava da mãe dela.
Por este motivo, a filha da vítima procurou o suspeito e disse que não queria continuar com o relacionamento, que entre ele e a mãe, escolhia a mãe.
Desde o término do namoro o suspeito não parava de ligar e mandar mensagens. Segundo boletim de ocorrência, o rapaz teria dado à ex-namorada o prazo até 3 de setembro para ela reatar o namoro. A menina respondeu que não ia reatar, pois o considerava mentiroso e dissimulado.
Foi então que a polícia começou a observar que o suspeito estava se contradizendo com as versões apresentadas. Testemunhas afirmam que a convivência entre o suspeito e a vítima era muito ruim, e que ambos não gostavam um do outro e que a mãe da menina não queria o relacionamento.
Existem relatos de que dias antes da morte, o suspeito disse que iria dar um soco na cara da vítima, pois ela falava demais, conforme informações do site O Correio News.
Ao observar a cena do crime equipe policial constatou que o possível objeto utilizado para causar as lesões na cabeça da vítima seria uma tábua de madeira de carne, que apresentava vestígios de sangue e aparentemente teria sido lavada.
Ao suspeito o delegado questionou sobre onde estava a tábua de madeira no momento que o rapaz chegou e se deparou com a vítima no chão. O suspeito se contradisse, pois, primeiro relatou que quando chegou a tábua de madeira estava no chão, por cima de uma forma, e então ele a colocou na messa, por isso ia ter a digital do suspeito.
Logo depois, na segunda versão, o rapaz disse que quando chegou na casa, a tábua estava em cima da mesa, perto de uma forma, e foi ajudar a colocar Carmita na maca, e, para as costas dele não bater na tábua, a empurrou para o meio da mesa, e que por isso ia ter a digital do suspeito.
O suspeito apagou as mensagens do celular e disse que teria ligado por engano para a vítima, pela manhã, na data do ocorrido.
O suspeito nega que tenha cometido o crime, mas acabou preso diante das contradições apontadas pelo delegado. Na tarde de ontem a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu.
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