Morto ao tentar atirar contra militares do Batalhão de Choque, Anderson Panziera, de 39 anos, já era velho conhecido no meio policial como especialista em furto de veículos.
De acordo com o Campo Grande News, com 80 passagens criminais, mais de 50 carros já estavam na lista do ladrão, que em alguns casos chegava a avisar a polícia onde os deixaria depenados.
Os crimes estavam tomando maior proporção, segundo o comandante do Batalhão de Choque, Rigoberto Rocha. Além dos furtos, Anderson passou a cometer roubos e "estava utilizando mais violência", comentou o comandante durante entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta terça-feira (16).
Nesta madrugada, Anderson e outros dois homens anunciaram o roubo ao motorista de aplicativo, que estava em frente a uma conveniência no Bairro São Jorge da Lagoa. Um dos suspeitos chegou a atirar contra a vítima e depois fugiram com o Chevrolet Ônix.
A Polícia Militar foi comunicada sobre o roubo e passou a fazer diligências, quando percebeu o momento em que o veículo da vítima entrava bruscamente em uma residência, localizada na Rua Argentina, no Jardim Batistão. Foi feita tentativa de abordagem, contudo, o suspeito saiu apontando uma arma contra os policiais.
Houve revide e Anderson foi atingido. Ferido, tentou novamente atirar contra um dos PMs, mas foi novamente baleado. Com vida, de acordo com o boletim de ocorrência, Anderson foi socorrido, mas não resistiu e morreu no Hospital Regional de Campo Grande.
No local onde houve o confronto, a PM encontrou o Onix e também outro veículo, um Kadett, que era furtado e estava desmontado. Os veículos foram entregues à Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos) para investigação policial.
Passado fichado
A redação já divulgou materiais sobre Anderson Panziera, todos envolvendo furtos de veículos. Em agosto de 2010, ele foi preso pelo furto de 48 veículos. "Chegava a avisar onde deixaria as carcaças dos carros", comentou Rocha.
Constam no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) que Anderson responde a processos de, ao menos, 50 furtos e furtos qualificados, também outras ocorrências, como receptação, crimes contra o patrimônio, adulteração de sinal de veículo automotor e uso indevido de drogas - cerca de 80 passagens criminais.