Uma mulher de 30 anos foi presa por suspeita de matar as duas filhas, de 6 e 10 anos, no município de Edeia (GO). Segundo a Polícia Civil, a suspeita, que não teve identidade revelada, confessou que tentou envenenar, eletrocutar e afogar as crianças antes de esfaqueá-las.
As meninas foram encontradas mortas pelo pai delas. Elas estavam em um colchão na área da frente da casa em que moravam na tarde de ontem.
"Elas estavam com sinal de ferimento por arma branca no tórax. Assim que o pai percebeu o fato, acionou a polícia e, no local, vimos que a mãe das crianças não estava. Diante das circunstâncias, a mãe era a principal suspeita dos fatos e a gente começou as diligências", afirmou o delegado responsável pelas investigações, Daniel Gustavo Gonçalves de Moura, em vídeo divulgado pela Polícia Civil. Após pouco mais de seis horas de busca com ajuda de cães farejadores, a Polícia Militar encontrou a mulher em um matagal da região. Ela foi levada até a delegacia e confessou o crime.
Segundo o delegado, ela assumiu a autoria das mortes, disse que tentou dar veneno às meninas, mas a substância não surtiu efeito. Depois, ela as colocou em uma caixa d'água e ligou uma extensão para tentar eletrocutá-las, o que também não funcionou. "Como ela viu que não ia dar certo, ela afogou as duas crianças. Depois que as crianças estavam desacordadas, ela tirou as duas da caixa d'água, colocou no colchão e, para se certificar que ela tinha matado as duas crianças, deu um golpe de faca, em cada uma delas", explicou Gonçalves de Moura. À polícia, a suspeita também afirmou que tentou cometer suicídio após o crime, tomando veneno e se ferindo com arma branca.
Ela não justificou, porém, a motivação para assassinar as crianças. A reportagem questionou a polícia sobre quem fará a defesa da suspeita, para ouvir sua versão dos fatos, mas ainda não havia informações sobre isso. O texto será atualizado caso haja manifestação. A mulher foi levada a uma penitenciária feminina no município de Goiás e está à disposição da Justiça. Ela foi indiciada por duplo homicídio qualificado. Segundo o delegado, o fato de as meninas serem menores de 14 anos e filhas dela são agravantes que podem fazer com que a pena de prisão da suspeita chegue aos 100 anos.
Em nota, a prefeitura municipal de Edeia lamentou a morte das duas crianças, identificadas como Maria Alice e Lavínia. "Nos compadecemos da dor da família e amigos, neste momento tão difícil e de tanto sofrimento", afirmou o órgão em nota.