Após a Polícia Civil prender quatro pessoas acusadas do latrocínio cometido contra o idoso José Alves da Silva, de 80 anos, a Justiça de Dourados decretou a prisão preventiva de Jhonatan Fernando Sobral, de 26 anos, Lucineia Monteiro dos Santos, 25.
De acordo com o site TopMídiaNews, o casal passou por audiência de custódia na segunda-feira (29).
Jhonatan será encaminhado ainda nesta terça-feira (30) para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados), enquanto Lucineia aguarda liberação para ser transferida para o presídio feminino em Jateí, segundo o site Dourados News.
Os menores envolvidos, uma adolescente de 14 anos, que segundo a polícia arquitetou o crime, e o namorado de 16 anos, que efetuou o disparo contra o idoso, tiveram o caso transferido para a Comarca de Itaporã, já que Douradina, onde residem, não possui Fórum. Eles ainda não passaram pela audiência.
Após a Polícia Civil prender quatro pessoas acusadas do latrocínio cometido contra o idoso José Alves da Silva, de 80 anos, a Justiça de Dourados decretou a prisão preventiva de Jhonatan Fernando Sobral, de 26 anos, Lucineia Monteiro dos Santos, 25. O casal passou por audiência de custódia na segunda-feira (29).
O caso
José foi encontrado morto em um sítio na Vila Sapé, em Dourados. O caso, inicialmente tratado como homicídio, foi classificado como latrocínio, pois antes de matar a vítima, o grupo responsável pelo crime furtou a espingarda e R$ 400 da vítima. Todos foram presos.
Em coletiva, na manhã desta segunda-feira (29), o delegado chefe do SIG, Erasmo Cubas, e a delegada plantonista da Depac, Thays Bessa, apresentaram novos detalhes sobre a dinâmica do crime e a ação da polícia que levou à prisão do grupo de quatro pessoas apontado como os autores da morte de José.
Segundo Cubas, a informação inicial era de um homicídio, mas quando a polícia chegou ao local do crime, percebeu que a casa estava revirada e alguns pertences do idoso não foram encontrados, fatores que indicaram um possível latrocínio. Além disso, rastros de um veículo foram identificados nas proximidades, sugerindo uma possível rota de fuga dos criminosos.
Uma das testemunhas revelou que o idoso estava mantendo um relacionamento com uma adolescente, o que levantou suspeitas sobre a motivação do crime. Seguindo essa linha de investigação, a polícia foi até a casa do pai da menor e recebeu informações sobre o paradeiro dos suspeitos.
Em seguida, os policiais localizaram o grupo em uma propriedade rural, a cerca de 50 quilômetros do local do crime. Ao chegarem lá, as autoridades encontraram o grupo 'churrasqueando' e também localizaram a arma utilizada no crime escondida em um milharal.
Conforme a delegada, os envolvidos no crime compraram a carne e a bebida do churrasco com o dinheiro subtraído da vítima. “Isso demostra a frieza dos autores e também dos menores apreendidos”, afirmou Thays.
De acordo com Cubas, para a polícia, está claro que a menor desejava a morte de José Alves e também a subtração do patrimônio dele. Os depoimentos nas oitivas apontam que foi ela quem arquitetou o plano e convidou os demais para a execução.
Na noite do crime, Lucinéia, irmã da adolescente, ficou encarregada de seduzir e dopar o idoso. Ela admitiu ter tirado a roupa para prender a atenção do homem, colocou remédios na bebida e retirou dinheiro do bolso dele.
Enquanto isso, a menor foi até o quarto, furtou a espingarda e entregou para o namorado de 16 anos executar o crime.
A polícia apurou ainda que existe um parentesco distante entre a vítima e as mulheres, e que o pai delas frequentava a casa do idoso.
Polícia suspeita que pai aliciava filha adolescente
Conforme informações da delegada Thays Bessa, o possível relacionamento da menor com o idoso ainda está sob investigação. Segundo a delegada, há suspeitas de que o próprio pai da menor seria o aliciador para que a adolescente mantivesse relações sexuais com o idoso.
Há também informações de testemunhas de que constantemente o idoso presenteava a garota. Durante os depoimentos, a menor disse que estava sofrendo ameaças e pressionamento por parte do idoso. O inquérito ainda não foi concluído e os autores estão presos na cela da Depac, onde aguardam pela Audiência de Custódia.