A polícia ainda segue pistas para esclarecer o assassinato da corretora de imóveis Amalha Cristina Garcia Mariano, de 43 anos, em Campo Grande.
De acordo com o Campo Grande News, o carro dela, um Jeep Renegade branco, que estava desaparecido desde a data da morte, 21 de maio, foi encontrado no terreno de uma casa, no Indubrasil, na tarde desta quinta (23).
Dois moradores foram levados para a delegacia e alegaram que o veículo simplesmente apareceu no local.
O terreno onde o Jeep estava tem uma área grande de mato. Aos fundos, fica a casa, onde mora um homem, de 39 anos, e o sobrinho, de 22. Ambos afirmam à polícia que não tem envolvimento com o crime e não sabem quem deixou o carro no terreno. Contam que o Jeep apareceu no início da noite do dia 22, ou seja, um dia depois de Amalha ser achada morta.
No relato, o homem mais velho conta que não percebeu nenhuma movimentação estranha na casa entre os dias 22 e 23. Que saiu de casa no começo da tarde de quarta-feira e que o Jeep não estava no local, mas quando retornou, às 18h, o veículo apareceu. Também diz que o sobrinho chegou e comentou sobre o carro estar no local, mas o tio seguiu a rotina normalmente.
Já o sobrinho, comentou que passou o fim de semana na casa da mãe e retornou ao imóvel às 13h de quarta-feira. O tio não estava na casa, mas o carro já havia sido deixado no quintal. Como acreditou ser de alguém que trabalha em uma fábrica próxima, o jovem contou que não mexeu no carro.
Ainda, o rapaz de 22 anos diz que toma medicamento controlado, pois ele e o tio sofrem de esquizofrenia. Contudo, o sobrinho afirma que o tio se recusa a fazer tratamento. Apesar de o jovem dizer que não usa drogas, o tio afirmou aos policiais que o sobrinho é usuário de maconha.
Os dois - tio e sobrinho - são suspeitos de receptação. Eles foram ouvidos e liberados.
Entenda - O Jeep desapareceu após a corretora ser morta na tarde de terça-feira (21). O corpo da mulher foi encontrado em uma área de mato na região do porto seco, Bairro Los Angeles, em Campo Grande, por volta das 14h. Amalha estava com o rosto machucado e foi arrastada por aproximadamente 10 metros até uma árvore.
Aproximadamente 1h30 antes ela ligou para uma amiga dizendo que encontraria com um “ex-paquera” para receber mil reais que ele lhe devia. Por volta das 12h28 daquele dia, ela enviou uma mensagem à mesma pessoa dizendo que estava com febre e depois sumiu.
Em depoimento, um primo de Amalha chegou a pontar um homem de 43 anos como suspeito. Ele teria pego R$ 20 mil emprestado com a corretora. Levado para a 1ª Delegacia de Ponta Porã, apresentou “álibi sólido” e, com isso, a participação no crime foi descartada.
O celular da vítima também desapareceu e ainda não há informações se ele foi encontrado dentro do Jeep. A polícia continua com as diligências.