Internado no Hospital da Cassems, em Campo Grande, o presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, passará por cateterismo na manhã desta quinta-feira.
O procedimento consiste na introdução um tubo flexível extremamente fino e longo, na artéria do braço ou da perna do indivíduo, que será conduzido até o coração, desobstruindo artérias e removendo placas de gorduras no sangue.
Cezário foi levado às pressas do Presídio Militar, onde está preso desde o dia 21 de maio, ao hospital no fim da tarde de quarta-feira com suspeita de infarto.
O “dono da bola” por quase 30 anos em Mato Grosso do Sul precisou ser socorrido no mesmo dia que perdeu a irmã, Maria Rosa Cezário. Ela tinha 81 anos, estava acamada após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e apresentava quadro de pneumonia.
Cezário teve o segundo pedido de liberdade negado. O presidente afastado da Federação de Futebol é acusado de liderar organização criminosa, peculato (desvio de dinheiro ou bem público), furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) encerrou a investigação e ofereceu denúncia contra Cezário e outras 11 pessoas apontadas como integrantes do esquema. Os valores desviados superam os R$ 6 milhões.
Foram denunciados quatro sobrinhos de Cezário: Umberto e Aparecido, além de Valdir Alves Pereira e Francisco Carlos Pereira, o sobrinho-neto do dirigente, Marcelo, e o irmão dele, Luiz Carlos de Oliveira.
Marco Antônio Tavares (vice-presidente da FFMS) e o filho, Marcos Paulo Abdalla Tavares, também estão na lista. Rudson Bogarim Barbosa (funcionário da FFMS), Jamiro Rodrigues de Oliveira (que foi presidente do Clube Misto de Três Lagoas) e Marco Antônio de Araújo (da Invictus Sports) completam o rol.
André Borges, o advogado de Cezário, informou por telefone que só comentará o conteúdo da denúncia depois que o cliente for notificado formalmente. A preocupação agora é com a saúde do presidente afastado da FFMS.