O dentista Marcelo Bichat Pinto de Arruda, preso em maio de 2022, quando foi flagrado com vídeos de pornografia infantil, guardava quase 8 gigabytes de material criminoso e ainda compartilhava na internet.
Conforme o site TopMídiaNews, Ele foi pego durante a Operação Predador realizada pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança), em Campo Grande.
Arruda foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime e ação penal corre em segredo de justiça na VECA (Vara Especializada em Crimes Contra a Criança e o Adolescente).
Para a polícia, ele explicou baixar os vídeos por 'curiosidade' e mantinha a prática delituosa desde 2010. Além de armazenar os conteúdos, mesmo que após baixá-los, ele apagava os vídeos, os materiais eram compartilhados em rede P2P para outros usuários. Além de manter os conteúdos de pornografia infantil, o dentista ainda tinha muitos outros vídeos adultos de mulheres e também de zoofilia.
O Ministério Público afirma que foram recuperados pelo menos 252 arquivos excluídos da unidade de disco, contendo material de pornografia infantojuvenil, além de encontrar um arquivo completo com imagens de uma criança, de 9 anos, sofrendo abuso sexual.
Em outro trecho da denúncia, um HD externo estava com 35 arquivos que juntos, totalizaram 7,76 gigabytes de vídeos com cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes.
Numa outra página da denúncia, o órgão explica que haviam mais 21 arquivos para realização de download, que seriam disponibilizados para a internet.
Diante de todas as provas levantadas e analisadas com a perícia dos materiais apreendidos, o Ministério Público denunciou Marcelo Bichat no artigo 241, da Código Penal, que é adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, e pediu o andamento do processo para que ele seja julgado.
Derrotas
Ele já sofreu derrota ao tentar recuperar seus materiais apreendidos naquela operação, que não foram poucos, conforme publicado na época. A derrota aconteceu ainda no Tribunal de Justiça, que não aceitou o recurso para devolver os objetos apreendidos. Agora, ele tenta a 'sorte' no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) para reaver os eletroeletrônicos recolhidos na operação.
Naquela oportunidade, no dia da operação, conforme mostrou a reportagem, foram apreendidos quatro CPUs, dois HDs e o telefone celular dele, onde estavam armazenados os vídeos. Ele também confessou para a polícia que tinha mais de 200 vídeos de pornografia infantil.
Caso seja condenado, ele pode pegar até 4 anos de prisão.
O espaço está aberto para manifestação das partes envolvidas.