O crime envolveu o uso de armas de guerra e as autoridades locais suspeitam que os assassinos possam estar ligados ao grupo criminoso conhecido como EPP (Exército do Povo Paraguaio).
Porfirio Benítez Romero, de 25 anos, foi brutalmente assassinado, neste domingo (8), por volta das 11h, em Bella Vista Norte, no Departamento de Amambay.
Porfirio, que é membro da comunidade indígena Pa'i Renda Chirú Poty, foi alvejado com cerca de 40 tiros de armas de grosso calibre. O ataque ocorreu na casa dele, enquanto ele estava na companhia de sua mulher.
De acordo com o relato da mulher da vítima, três homens foram os autores do ataque. Um deles estava vestido com roupas camufladas, enquanto os outros dois estavam vestidos de preto. Ao chegarem à residência, eles questionaram sobre o paradeiro de Porfirio, o retiraram do quarto e começaram a disparar incessantemente. Após cometerem o assassinato brutal, os criminosos fugiram.
A investigação forense revelou que Porfirio Benítez Romero foi atingido por um total de 39 tiros de projéteis de grosso calibre.
As autoridades locais também descobriram 67 cápsulas de munição deflagrada no local do crime, indicando o uso de armas de guerra de calibres 5.56 e 7.62.
A promotora Reinalda Palacios, que está liderando a investigação, revelou que a vítima tinha um mandado de prisão pendente relacionado a um caso de homicídio anterior. Além disso, há suspeitas de que Porfirio Benítez Romero possa ter tido alguma ligação com o grupo criminoso EPP, o que levanta a hipótese de que esse assassinato possa estar relacionado às atividades do grupo na área.
Diante da proximidade da região com a chamada "zona vermelha" do EPP e das características violentas do crime, as autoridades não descartam a possibilidade de que os autores do assassinato estejam ligados ao grupo criminoso ou que o ataque possa estar relacionado a atividades como o tráfico de drogas ou roubo de gado.
Segundo o Dourados News, a investigação do caso segue em andamento.