O estado de saúde da menina de 11 anos, espancada e queimada pelo ex-padrasto, Lucas Cáceres, 24 anos, em dezembro do ano passado, ainda é grave.
Segundo o TopMídiaNews, a vítima teve o braço esquerdo amputado, parte da perna esquerda amputada e os dedos da mão direita amputados. Ela segue em coma, internada na Santa Casa de Campo Grande.
Durante coletiva na manhã desta quinta-feira (25), a delegada Bárbara Fachetti, falou sobre o crime que chocou Sidrolândia e a morte do autor durante abordagem nesta quarta-feira.
Na entrevista, a delegada explica que o fim do relacionamento da mãe com o autor aconteceu após ela encontrar material pornográfico infantil no celular dele e por entender que ele poderia ser uma ameaça para as filhas, terminou o relacionamento e o colocou para fora da casa.
A mãe passou a ser vigiada pelo ex, que mesmo morando do outro lado da cidade, diariamente estava em um bar próximo à residência da família, ciente da rotina da mãe e das crianças.
Antes de tentar matar as meninas, Lucas fez várias ameaças e até invadiu a casa matando o cachorro da ex-companheira.
No dia 7 de dezembro, Lucas sabendo da ausência da mãe das crianças durante a noite por conta do serviço, invadiu a casa, espancou as crianças e por pensar que elas estavam mortas, colocou fogo na residência e fugiu.
Em áudios enviados pelo autor à mãe das vítimas, Cáceres era ciumento, controlador e agressivo, dizendo que ela iria sofrer e pagar por tudo o que fez com ele.
Em outro áudio, o investigado afirma que ele está louco, transtornado, que teve sua vida acabada, dizendo a ela para esperar a pior notícia chegar.
A investigação concluiu que para se vingar da ex, o autor após fazer o uso de drogas e álcool, invadiu a residência das vítimas e após lesionar com intenção de matar as crianças, provocou o incêndio criminoso.
Lucas, que já havia sido preso, mas estava em liberdade provisória, teve mandado de prisão e reagiu à abordagem, nesta quarta-feira, na borracharia onde trabalhava.
Ele tentou atirar contra os policiais, levou um tiro, foi socorrido, mas não resistiu.
Depois de passar 15 dias em coma, e um mês internada, a menina de 3 anos, queimada se recupera dos traumas, ao lado do pai.
Em entrevista ao Sidrolândia News, o homem relata as sequelas físicas e emocionais da filha, destacando os hematomas cerebrais e queimaduras que exigiram enxertos de pele para a reconstrução da região afetada.
"A justiça trabalhou dentro de seus limites para que o culpado fosse penalizado pelo que ele fez com minhas crianças, mas eu vou buscar meios para que eu possa continuar com o tratamento, e deixar o mínimo de sequelas em minhas filhas", afirmou o pai.
Além das intervenções cirúrgicas para tratar as queimaduras, a criança de 3 anos passará por atendimento psiquiátrico e psicológico, visando apoiar sua recuperação integral. A família enfrenta agora o desafio de lidar não apenas com as consequências físicas, mas também com as cicatrizes emocionais deixadas pelo traumático evento.