Os caixões do PRF (Policial Rodoviário Federal) Hiales Carpine Fodra, 33 anos, que atuava em Naviraí e da esposa, Daniela Schulz Fodra, estão unidos pelas alianças do casal durante o velório, nesta terça-feira (13), em Ubiratã, no Paraná.
Segundo o TopMídiaNews, os dois são vítimas da queda do avião ATR-72 da Voepass na sexta-feira (9), em Vinhedo, interior de São Paulo.
Entrelaçados por uma fita branca, as alianças unem os caixões no momento de despedida.
Hiales e Daniela moravam no Paraná e estavam a caminho dos Estados Unidos para que Daniela participasse de uma competição de fisiculturismo.
Amigos e familiares prestaram homenagens ao casal.
Hipótese de gelo nas asas
A hipótese do gelo nas asas surgiu entre pilotos e especialistas em entrevistas dadas desde a sexta-feira, principalmente por causa de boletins meteorológicos divulgados naquele dia. Mas também por um acontecimento há 30 anos, com um ATR nos Estados Unidos.
Um voo entre Indianápolis e Chicago caiu, de forma muito parecida com o caso brasileiro, e chegou-se à conclusão de que teria sido gelo. O sistema usado pelo ATR, que infla uma borracha na ponta da asa e expulsa a água congelada, não funcionou.
Oficialmente, as investigações mal começaram. Técnicos do Cenipa, da própria empresa e até especialistas estrangeiros vão analisar todos os dados para chegar a uma conclusão.
Em resposta ao Fantástico, a VoePass Linhas Aéreas respondeu que informações relacionadas à investigação serão restritas à Aeronáutica e outras autoridades. Mas não falou sobre a questão no palito improvisado no botão que acionava o sistema antigelo.
Aliás, sobre esse sistema e os problemas com o ar-condicionado, a empresa apontou que o ATR estava “aeronavegável”. E o avião cumpria as exigências das autoridades.
Por fim, garantiu que respeita as legislações trabalhistas. E que, agora, todos na VoePass se esforçam para dar apoio às famílias das vítimas.