Bois estão morrendo afogados no Pantanal de Mato Grosso do Sul, que enfrenta uma de suas maiores cheias das últimas décadas. “Tem animais boiando, e vai ter muito mais”, definiu esta manhã o presidente do Sindicato Rural de Aquidauana, Timóteo Proença,
Aquidauana é uma das cidades mais afetadas pelas chuvas este ano e chegou a ficar isolada depois que o rio que dá nome a cidade Aquidauana transbordou e cobriu as duas pontes na cidade.
O rio já baixou, mas na área rural, os problemas continuam sérios. A maioria dos donos de rebanhos relata perda de bois, conforme o presidente do Sindicato Rural, em razão da dificuldade de retirada dos animais para áreas secas.
A cena vista angustia. Os animais ficam nadando a esmo, até morrer. Conforme o presidente do Sindicato Rural, mesmo que sejam utilizadas embarcações para tentar salvar os animais, a quantidade que se consegue tirar é muito pequena.
Em Corumbá, a situação caminha para o mesmo quadro, segundo o presidente do Sindicato Rural, Raphael Kassar. Segundo ele, já está ocorrendo perda de animais e se a previsão de cheia no Rio Paraguai se confirmar, isso pode piorar ainda mais.
Kassar informou que foi feito ontem um sobrevôo em um avião da Marinha e que hoje seria feito um outro, junto com representantes da Embrapa, para elaboração do laudo técnico que vai embasar a decretação de situação de emergência na região.
Com o estado de emergência, os pecuaristas pantaneiros esperam ter acesso a uma linha de crédito especial e possível prorrogação de dívidas que estejam para vencer, dada à impossibilidade de vender o gado. Corumbá tem o maior rebanho bovino do Estado, de 1,9 milhões de cabeças.