O meia Lucas Paquetá, do West Ham e da seleção brasileira, conversou com jornalistas nesta sexta-feira (31), após ser denunciado pela Federação Inglesa por suposta participação e manipulação de apostas esportivas na Premier League.
Segundo o Globo Esporte, Paquetá fez um pronunciamento no qual voltou a se dizer inocente da acusação de que teria levado quatro cartões amarelos de forma proposital em jogos no Campeonato Inglês.
– Só queria primeiramente agradecer publicamente ao presidente Ednaldo (Rodrigues, da CBF) pelo esforço que teve em apurar os fatos de tudo o que tem acontecido comigo e pela permanência da minha convocação. Ao Rodrigo (Caetano), ao Dorival e aos torcedores que apoiaram a minha convocação. Sobre o caso, vai ser a primeira e única vez que vou falar. Fui aconselhado pelos meus advogados a não fazer comentários sobre o caso. O que eu posso falar é que continuo fazendo o possível, cooperando. Meus advogados estão fazendo minha defesa para que tudo seja esclarecido no final disso tudo. Deixar claro que eu sigo preparado para este momento – iniciou o meia.
– Fiz uma temporada especial, muito boa para mim e comprovei isso nas últimas duas convocações. Estou pronto, queria muito estar aqui e estou disposto a fazer o meu melhor para a seleção brasileira – completou Paquetá, que foi o primeiro jogador da seleção brasileira a conceder entrevista nos Estados Unidos, onde o grupo comandado por Dorival Júnior se prepara para a Copa América.
O jogador evitou responder outras perguntas relacionadas ao tema e preferiu se ater ao seu desempenho dentro de campo.
– O sentimento é óbvio que a gente fica triste pela decisão, mas isso não muda o fato do que faremos para reverter e para cooperar. Isso vai seguir igual. Minha cabeça hoje é que estou muito feliz. Queria muito jogar essa Copa América e ser campeão outra vez.
Paquetá se apresentou à Seleção na última quinta-feira e, horas depois, a CBF emitiu nota oficial na qual justificou a manutenção do meia entre os convocados para a disputa de amistosos contra México e Estados Unidos e também da Copa América.
Segundo o comunicado, a permanência do meia na Seleção foi tomada pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. O dirigente informou ter feito uma série de questionamentos à Federação Inglesa e alegou que tirar o jogador dessa convocação configuraria uma antecipação de pena.
– Estou muito feliz por esse momento que eu sempre busquei na Seleção. Seis anos atrás, cheguei como um jogador jovem e disposto a aprender. Claro que ainda estou disposto a aprender, mas hoje com uma responsabilidade muito maior. São seis anos, um ciclo de Copa, uma Copa do Mundo, duas Copas América... Entendo e sei da minha importância e relevância aqui dentro. Vou fazer o melhor para que a Seleção vence, atenda o professor Dorival e todo o grupo. Reconheço a responsabilidade e espero compartilhar com jogadores mais jovens para que tenhamos um grupo forte e vencedor – declarou.