Potência paralímpica, o Brasil conquistou, logo no dia inaugural de competições, a primeira medalha de ouro nos Jogos de Paris.
De acordo com o Globo Esporte, nesta quinta-feira, Gabriel Araujo conquistou o ouro nos 100m costas da classe S2 da natação.
Ele terminou com o tempo de 1min53s67. Vladimir Danilenko, que é russo, e nas Paralimpíadas compete como neutro, ficou com a prata, com 2m01s34. O chileno Alberto Diaz levou o bronze com 2m01s97.
O país ainda levou duas medalhas, prata com Phelipe Rodrigues nos 50m livre da S10, nono pódio da vida em Paralimpíadas, e bronze de Gabriel Bandeira nos 100m borboleta da classe S14, a quinta medalha de sua carreira.
- Eu estou muito feliz e emocionando. Foi uma prova difícil, que mexe comigo. Eu trabalhei muito para isso. A gente fez de tudo para que a medalha de prata virasse ouro. Eu já estaria feliz com ouro, mas estou muito feliz porque eu amassei a prova, mandei muito bem. Posso gritar que sou campeão paralímpico dos 100m costas. Foi uma prova perfeita - disse.
Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física. É a quarta medalha da carreira dele, que foi ao pódio três vezes em Tóquio 2021. Na ocasião, foi ouro nos 200m livre e nos 50m costas e prata nos 100m costas.
Porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, Gabriel era favorito ao ouro na prova desta quinta-feira. Líder do ranking mundial e campeão do mundo, abriu vantagem logo nos primeiros metros e disparou. Na primeira metade da prova, já tinha mais de três segundos de frente para os demais. Depois, manteve o ritmo e venceu com folga, batendo o recorde das Américas.
O nadador ainda volta a competir em duas provas na classe S2, os 50m costas e 200m livre, além de outras duas disputas na classe S3: 50m livre e 150m medley.