Representantes dos diversos órgãos públicos que integram o Cicoe (Centro Integrado de Controle Estadual), o alto comando de prevenção e combate a incêndios florestais no Estado, realizou a primeira reunião de avaliação e planejamento na manhã de ontem (25), na sala de reuniões do Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Militar, em Campo Grande.
Os secretários adjuntos da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Walter Carneiro Junior, e da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), Ary Carlos Barbosa, participaram da reunião.
Também estavam presentes: o subcomandante do Corpo de Bombeiros, coronel Adriano Noleto Rampazo, o tenente coronel Leonardo Congro, assessor militar da Semadesc e secretário do Cicoe, e os tenentes Tatiane e Alexandre Araújo de Oliveira.
Pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec/MS), coronel Hugo Djan Leite e coronel Barros; o diretor de Fiscalização e Licenciamento do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Luiz Mário Fernandes; Fernanda Carvalho Lima, da Secom (Secretaria de Comunicação); Artur Falcette, secretário executivo de Meio Ambiente da Semadesc; Ana Cristina e Valesca Fernandes, também da Semadesc.
O secretário adjunto Walter Carneiro Junior considerou importante a reunião para planejar as respostas que a população espera o Estado pode dar, a cada nova temporada de seca e agravamento da situação dos incêndios.
“As dificuldades sempre vão existir, com ações preventivas e de combate, com planejamento, como tem sido feito, é possível dar a resposta que é preciso e que a população espera”, salientou.
Foram apresentados pelo Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) dados do quantitativo de focos de calor e área queimada durante o ano, bem como a variação de temperaturas e estiagem que fez de 2023 um dos anos mais quentes que se teve registro. Também as previsões para o ano que se iniciou, que deve ter Inverno seco e períodos longos de baixa umidade do ar e temperaturas elevadas, o que favorece o surgimento de focos de calor.
Já o tenente coronel Leonardo Congro apresentou o calendário de eventos sugeridos para o ano, com destaque para cursos, seminários e oficinas de formação de combatentes e campanhas de conscientização da população para a importância de evitar queimadas e as medidas que devem tomar sempre que surja um foco de calor.
O secretário executivo de Meio Ambiente, Artur Falcette, frisou que as ações preventivas e o planejamento do combate aos incêndios têm surtido efeito positivo e deve ser aprimorado a cada ano, na medida em que as equipes vão adquirindo mais conhecimento da situação com a prática.
“Desde 2020 temos visto uma redução significativa tanto na área queimada quanto no número de incêndios, ao passo que aumenta a eficiência da resposta dos agentes públicos no combate a esses incidentes. Tanto que no ano passado, embora tenha sido extremamente quente e com poucas chuvas no período do Inverno e Primavera, não sofremos os danos severos de outros anos atrás”, frisou.
Walter Carneiro Junior concorda que, com organização e planejamento, cada vez mais será possível aprimorar o trabalho das equipes e dos cada órgão envolvidos, “porque o propósito é comum a todos, desde os que cuidam do controle e fiscalização, como o Imasul, quanto os que atuam na prevenção e combate aos incêndios, aí entram os brigadistas, bombeiros, Defesa Civil”.
Para o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, não há que se falar só em ações reativas no que tange ao combate a incêndios florestais.
“O grande foco tem que ser a prevenção. Iniciamos as atividades do ano já com todas as instituições fazendo uma avaliação do ano anterior e uma projeção de quais ações necessárias para que a gente atue a partir desse momento. E uma das ações anunciadas é, exatamente, a campanha de prevenção ao fogo, que o Governo do Estado vai desenvolver e outras entidades já desenvolvem, como a própria Reflore”, frisou.
O secretário destacou a capacidade da coordenação das ações a partir do Cicoe como fator decisivo obter êxito.
“O governador Eduardo Ridel tem destacado isso. Nós temos que ter uma capacidade de coordenação entre Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, prefeituras municipais, a Semadesco, a Imasul, e também as entidades privadas. É importante a participação do produtor rural, da Biosul, da Reflore, da Famasul, que tem estruturas disponíveis para combate a incêndio. Tudo isso coordenado, obviamente, pelo Corpo de Bombeiros, que tem a sua função institucional de prevenção e o combate a incêndios florestais”, concluiu.