Morreu hoje (16), o narrador esportivo Silvio Luiz, de 89 anos.
Ele estava internado no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, desde o dia 8 de maio. Silvio sofreu um AVC durante a transmissão do jogo entre Palmeiras e Santos, pela final do Campeonato Paulista, em abril.
Segundo a CNN, contratado da TV Record, o locutor liderava a equipe de transmissões das plataformas digitais da emissora desde 2022.
Silvio Luiz estava em coma induzido, intubado e impossibilitado de fazer hemodiálise devido à fragilidade decorrente da idade. Ele enfrentava problemas renais.
Sylvio Luiz Perez Machado de Sousa era o nome de batismo de Silvio Luiz. Nascido em 14 de julho de 1934, começou a carreira em 1952, fazendo participações em radionovelas.
Como locutor, iniciou sua trajetória na Rádio Record. Passou pela Rádio Bandeirantes e, na extinta TV Paulista, foi o primeiro repórter de campo da imprensa esportiva brasileira.
Silvio também foi árbitro de futebol. Ele foi um dos assistentes na partida de inauguração definitiva do Estádio do Morumbi, em 1970.
Outra faceta de Silvio Luiz era a atuação. Como ator, participou de duas novelas: “Éramos seis” e “Cela da morte”, ambas na TV Record.
Trabalhou, também, nas Rádios Jovem Pan e Transamérica. Passou por Rede TV, Bandsports e SBT, onde narrou Copa do Mundo de 1994, quando a emissora de Silvio Santos se uniu à Record para a transmissão do Mundial. Por lá, foi apresentador do programa “Gol show” e líder da equipe de esportes do canal por três anos.
Ícone da narração esportiva, Silvio Luiz se notabilizou pelo jeito irreverente, irônico e descontraído nas locuções de futebol. Ele é dono de bordões que marcaram época e são lembrados até hoje, como: “Olho no lance”, “Acerte o seu aí, que eu arredondo o meu aqui”, “Confira comigo no replay”, e “É mais um gol brasileiro, meu povo”.
Premiado, Silvio Luiz venceu por 5 vezes o “Troféu Imprensa” como melhor narrador esportivo do Brasil. Ganhou ainda o “Troféu Comunique-se” e o “Prêmio Aceesp” como melhor locutor de televisão do país.