O governador Eduardo Riedel convocou, nesta quarta-feira (18), uma reunião com integrantes da Segurança Pública do Mato Grosso do Sul para prestar esclarecimentos sobre a morte de um indivíduo inicialmente identificado como indígena da etnia Guarani Kaiowá, em Antônio João, município localizado na fronteira com o Paraguai. O incidente ocorreu após um confronto e troca de tiros com a Polícia Militar em uma área rural da cidade.
Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, cerca de 100 policiais militares estão na região cumprindo uma ordem judicial da Justiça Federal. A missão dos policiais é garantir a ordem e segurança na Fazenda Barra, área envolvida em um longo conflito de terras. Além disso, a presença policial busca assegurar o livre trânsito entre a rodovia e a sede da fazenda.
A disputa por terras na região é uma questão que se arrasta há anos, mas a situação se agravou nos últimos dias. De acordo com informações apuradas pela inteligência policial, além do conflito agrário, há indícios de que facções criminosas envolvidas no tráfico de drogas estejam se aproveitando da instabilidade. Próximo à fazenda, no lado paraguaio da fronteira, existem diversas plantações de maconha, o que intensifica a tensão no local.
Equipes de perícia estão na área onde ocorreu a morte para realizar a identificação do corpo e apurar os fatos. Armas de fogo foram apreendidas com o grupo indígena que tentava invadir a propriedade, e esse material será utilizado para compor um relatório que será enviado a Brasília para análise das autoridades competentes.
O governo estadual segue acompanhando o desdobramento do caso e reforçou o compromisso de garantir segurança e justiça na região fronteiriça.