Com investimentos que contribuem de forma significativa para a geração de empregos e para o aumento das exportações, a indústria é um dos principais setores responsáveis pelo crescimento de Mato Grosso do Sul.
Indicadores econômicos que incluem exportações de industrializados, PIB industrial, número de trabalhadores nas indústrias (24% dos trabalhadores formais de MS) e a quantidade de estabelecimentos industrias confirmam a atual situação positiva do Estado.
Para apresentar um balanço do setor industrial de Mato Grosso do Sul durante o ano de 2024, e as projeções para 2025, o governador Eduardo Riedel participou – na manhã desta sexta-feira (20) – de uma coletiva de imprensa organizada pela Fiems (Federação das Indústrias de MS).
“Temos um ambiente seguro de desenvolvimento e crescimento, que é feito em parceria com instituições públicas e privadas, inclusive com a participação da Fiems. Temos desafios, mas o Governo do Estado tem criado condições para que diferentes empresas cheguem e invistam aqui”, afirmou Riedel.
As projeções do Sistema Fiems indicam um crescimento nominal de 8,5%, tanto para o PIB estadual, quanto para o PIB Industrial de MS em 2025 – R$ 213,5 bilhões e R$ 43,1 bilhões, respectivamente. Mato Grosso do Sul participa com 1,7% do PIB nacional, ocupando a 15ª posição entre os estados brasileiros e 6º lugar no PIB per capita.
“O Estado tem feito sua parte em mostrar o que tem para conduzir, num ambiente de negócios favorável. Isso é importante, para as empresas que colocam seus recursos com segurança”, disse Sérgio Longen, presidente da Fiems. Segundo a Federação, a projeção é que, até 2030, mais de R$ 89,9 bilhões em investimentos privados entrem em operação no Estado, gerando mais 11.515 vagas de emprego formal, em diferentes regiões e segmentos do setor agroindustrial.
Ações do Governo
Para aquecer e impulsionar a economia de MS, a atual gestão lançou em 2023 um pacote de redução e isenção de tributos em diversos setores. A 1ª edição do programa “Baixar Impostos para fazer dar certo” beneficiou pequenas e médias empresas em diversos setores, incluindo comércio, agro, indústria, supermercados, atacadistas e transportes, beneficiando 31 mil contribuintes e 28 mil estabelecimentos.
Somente em 2024, a 2ª edição do programa concedeu 63 benefícios fiscais em setores como saúde, social, indústria, agronegócio, comércio e infraestrutura.
Na indústria foram contemplados os setores de biodiesel B-100 e álcool, produtos alimentícios produzidos no Estado, industrialização de calçados e mandioca, assim como máquinas, aparelhos e equipamentos industriais.
Entre os segmentos em destaque na concessão de benefícios fiscais estão as indústrias de celulose, biogás e biometano, produtores de laranja e redução do ICMS nos itens da cesta básica.
Novos investimentos
Mato Grosso do Sul é o 15º estado do país em atração de investimentos estrangeiros (94 empresas em MS). Desde 2015, a política de incentivos fiscais do Governo do Estado possibilitou a vinda de R$ 84 bilhões em capital privado, sendo mais de R$ 43 bilhões em 2024, distribuídos em 60 novos empreendimentos industriais.
Os dados reforçam o posicionamento de Mato Grosso do Sul no cenário industrial brasileiro, especialmente com a contribuição das indústrias de transformação. Com seis grandes plantas industriais, algumas já em atividade e outras em fase de instalação, o Estado se consolida como o Vale da Celulose – até 2009 não havia produção e atualmente o MS é o segundo maior em área cultivada do país.
Seguimos com a estratégia de produção multiproteína, atraindo investimentos na avicultura, suinocultura e piscicultura. A tendência é que o setor de transformação continue a liderar esse crescimento no Estado, especialmente em áreas como alimentos, citricultura e biocombustíveis, que têm mostrado maior dinamismo tanto no mercado interno quanto externo.
Atualmente, a indústria tem a segunda maior contribuição no PIB do Estado, sendo responsável por 20% do PIB total, o que equivale a R$ 33,8 bilhões. Além disso, o setor emprega 160 mil trabalhadores de maneira formal, sendo o segundo que mais emprega, depois do de ‘serviços’ (269,5 mil empregos).